Atari 2600 - Meu primeiro Videogame, e de muitos também | ||||||||||||
por playdennis2600 | Publicado em 14 de abril de 2018 | ||||||||||||
Muitos acreditam que o Atari 2600 foi o primeiro Videogame. Talvez por ser o primeiro Videogame de muitos (e a falta de informação da época) fazem acreditar isso até hoje. Não que isso seja necessariamente meu caso, pois tive contato com o Telejogo nessa época, mas o Atari foi sim meu primeiro console. Vou aproveitar e deixar claro que meu primeiro contato com o Telejogo foi depois de já ter o Atari, contudo já sabia da existência dele antes de ter. Pois eu tinha um primo (mais velho do que eu) que já tinha o Telejogo, e quando o Atari foi novidade, meus pais falavam: “é tipo um Telejogo que o nosso sobrinho tem” como referência o que o Atari é. Como não era comum eu visitar (talvez por ele ser mais velho, de uma geração anterior) meu primo, só joguei o Telejogo depois de ter o Atari. Primeiro Contato: O primeiro contato a gente nunca esquece, tanto que não foi quando eu ganhei. Meu primeiro contato foi visitando um amigo de escola do meu irmão, pois ele fazia aniversário antes do Natal e sempre foi um aluno exemplar. Fatores que garantiu ele ganhar um Atari de presente antes que muita gente. Ao entrar na sala, pode ver a TV ligada (com o jogo Turmoil na tela), o console em cima da mesa de centro cercado de vários cartuchos e o sofá com um monte de colegas dele esperando sua vez de jogar. Daí, a mãe desse colega começou a conversar com a minha mãe (sim, minha mãe estava junto e elas são amigas até hoje), maravilhada com o aparelho novo da casa, interrompendo a jogatina de quem já estava lá para mostrar os jogos. Ela não só interrompeu como também nos permitiu furar a fila de quem estava esperando. Foi sensacional jogar o Atari pela primeira vez, o jogo escolhido era Enduro, e como era de se esperar eu não passei do primeiro dia. Natal de 1983: finalmente eu tenho! O Natal de 83 foi um divisor de águas da minha vida, pois foi onde iniciou meu vício por Videogames. Doido foi esperar dar meia noite (sim, éramos ingênuos e acreditávamos em Papai Noel) para abrir os presentes, e mais doido ainda só poder jogar no dia seguinte. Nem preciso dizer que não dormir direito essa noite e que às 8h da manhã já estava de pé. Nos primeiros dias, o Videogame ficou ligado na TV da sala e posteriormente ficou ligado numa TV preto & branco de 14” no nosso quarto. Ou seja, utilizamos sim a chave Color or B/W. Nessa época a TV era o principal eletrônico da casa, e por muitas das vezes só haviam apenas um aparelho por residência, então dividir a TV de casa era uma tarefa bem difícil, pois sempre a prioridade era dos pais, que chegavam do trabalho e passam o resto da noite assintido TV enquanto descansavam. Por sorte, nessa época a situação em casa era mais favorável e tínhamos um outro televisor no qual possamos a jogar nele. Voltando ao dia que ganhei, não fiquem achando o que presente foi apenas este. Além do console que acompanhava na caixa dois controle e um jogo (Air-Sea Battle) ganhei também um porrada de jogos: River Raid, Enduro, Pac Man, Defender, entre outros que não me lembro bem. Tínhamos uma boa variedade de jogos e já de cara com vários clássicos do console em mãos. Melhor impossível. No Auge: Por mais que tínhamos também no mercado o Odyssey e o Intellivision, o Atari 2600 era maioria de forma esmagadora, pois além do modelo oficial da Polyvox, tinha também os trocentos mil clone de custo mais em conta no mercado (graças a "maravilhosa" reserva de mercado) e, consequentemente, jogos mais baratos também. A Polyvox ficou com os jogo com os jogos oficiais lançados pela própria Atari e os jogos da Activision, que curiosamente foram lançados com o padrão de arte prateado da Atari. Os demais fabricantes de clones, tinham todos os jogos lançados no mercado a disposição combinados com os preços mais baratos. Dos clones, podemos dar destaque aos jogos lançados pela CCE e suas artes bacanas e manuais acompanhando o jogo, os da Dynacom que além do lendário controle também lançou jogos poucos usuais, e os cartuchos de 4 jogos da Dactar, onde selecionávamos os jogos alterando a posição das chaves (ostentação pura na época). Com essa quantidade massiva de jogos no mercado, era fácil ter os jogos de Atari. O efeito disse era que qualquer amigo, colega ou conhecido seu tinha o Atari em casa com dezenas de jogos. Virou artificio para criar novas amizades, além proporcionar as troca de cartuchos (ou fitas... hehehe) entre colegas. O melhor disso, era os campeonatos promovido entre amigos. Algo muito fácil de ser feito, sem regras mirabolantes:como os jogos de Atari eram praticamente infinitos, o fator conquista fica por conta da pontuação, ou seja, quem fazer a maior pontuação, é o melhor! Curiosidades: de Frankenstein ao banho de cerveja Quando comecei a estudar eletrônica, passei ter duas vítimas para minhas experiências de aprendizados: A primeira vítima foi uma TV Ford Philco (aquela que ficava na sala e liguei o Atari 2600 só depois da noite de Natal), e o próprio Atari 2600. Das alterações coloquei a saída AV e adicionei um sistema que possibilita pausar os jogos. Mais tarde, vi esse mods no site do Victor Trucco e vi o que eu tinha feito era uma tremenda gambiarra da pior qualidade. Fiz tudo que o site do Victor indicava e todos os mods ficaram 100%. No início dos anos 2000, comecei a produzir festa anos 80, e uma das ideias para criar o ambiente 80s foi colocar um longe com o Atari 2600 para as pessoas jogarem. Isso depois ficou muito batido, mas no inicio era bem inusitado e funcionou muito bem. O grande problema foi quanto o console sofreu (novamente) durante a noite carioca: Tomou diversos banhos de cerveja por usarem seu painel frontal como apoio de copo ou garrafas; já usaram a frente frisada para fazer trilha de pó e cheirarem sem desperdício; e também quebraram a alavanca do GAME RESET. Essas coisa me irritaram muito que decidi comprar outro Atari só pra usar nas festas. Quando comprei o Atari 2600 para festas, comprei um modelo original da Polyvox com dois controle e um jogo no Mercado Livre por menos de R$ 50,00. Nessa época, comprava jogos originais Polyvox com label impecável por R$ 10,00. Bem diferente da realidade de hoje onde cobram os olhos da cara por porcarias mal cuidadas. Tudo isso por causa de uma "modinha" retrogame que fazem esse vendedores alegarem a grande procura vs a raridade. Links:
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